Antes de falar da minha experiência enquanto
ego-auxiliar e dos contributos para o meu crescimento profissional, social e
pessoal gostaria de fazer uma retrospectiva e falar de uma pequena e simples
aprendizagem.
Nos primeiros tempos da minha infância passava o
tempo a pintar sem saber se quer o nome das cores. Gradualmente fui identificando cada cor, um percurso comum
e normal como o de qualquer criança. Lembro-me, também, de aprender que as
cores primárias como azul, magenta e amarelo poderiam ser combinadas
facultando-me uma variedade de cores. Qual não foi o meu espanto! Aprendi que
misturando azul com amarelo podia produzir verde, ou azul com magenta um tom
lilás e por aí fora…
Enquanto trabalhador social e antes de “trabalhar”
com pessoas e criar a minha identidade profissional vivia rodeado por pessoas
(teria sido impossível sobreviver sem a presença das mesmas) tal qual os
primeiros gatafunhos de cor que utilizava sem saber o nome propriamente de cada
uma. À medida que fui crescendo fui identificando certos padrões culturais,
reconhecendo comportamentos, compreendendo modas, adaptando-me a determinadas
relações (quer horizontais quer verticais), percebendo a importância da
comunicação, entre tantas outras coisas, tal qual as primeiras cores que fui
sendo capaz de identificar. Por fim, fui relacionando todos os fenómenos biopsicossociais
tal qual as cores combinadas (claro que estou a ter uma visão irrealista, mas
será este o meu projecto profissional e pessoal para os próximos 150 anos).
Esta curta narração serve de apoio para melhor
compreender o processo que o sociodrama me ofereceu contribuindo para o
entendimento das cores primárias e o conhecimento da fusão das cores.